Editorial de abril de 2010.
Destacamos nesse editorial o Domingo de Ramos, ocorrido no dia 28 de março de 2010, na quadra de esportes da Escola Estadual Professora Yolanda Martins e mais uma vez pontuamos o espaço que essa escola ocupa na comunidade onde se situa os seguintes bairros: Lago Azul, Canaã, Jaçanã, Canoas, região do Canal.
Há muito tempo que o espaço da escola é cedido para eventos da comunidade seja de Igreja Católica ou de Igreja Evangélica para shows, palestras, cursos, cultos, missas. É cedido para festividades diversas. Nesse particular, a comunidade incorporou a escola como um espaço público e essencial para ela. A direção da escola é aberta a todos os eventos, só resguardando a questão da agenda, por motivos óbvios, para não chocarem dois eventos num mesmo dia.
Voltamos ao assunto da escola porque não achamos justo o que fizeram com a ela no episódio do “rodízio das carteiras”. Matéria publicada no Super Notícias. Numa leitura atenta podemos perceber que o assunto é tratado de forma superficial, onde o enfoque é para alarmar, chamar a atenção dos leitores para uma coisa errada que estava acontecendo. Tudo bem, dispensar as turmas, fere o direito às aulas dos alunos. Mas só denunciar coisa errada resolve o problema?
Denunciaram o rodízio das aulas? Sim. Denunciaram o vandalismo? A quebra de carteiras diárias? As pichações? As turmas superlotadas? Não! Denunciaram que na região do canal a demanda por vagas é alta e não há escola suficiente? Não.
Na Escola Estadual Professora Yolanda Martins há salas que estão com mais de cinqüenta alunos freqüentes. Denunciem o comprometimento do trabalho pedagógico. Como garantir um aprendizado numa sala assim? Denunciem que os índices de reprovação da Escola são altos. Denunciem também que a evasão escolar também é alta.
Os jornais denunciaram o rodízio e a perca de aulas dos alunos. Agora há algo mais sério a denunciar: A greve dos professores já avança para três semanas e os meios de comunicação social se mantêm em silêncio, não falam nada a respeito.
A Escola Estadual Professora Yolanda Martins precisa muito do apoio de sua comunidade escolar. Seus profissionais se esforçam para fazer um bom trabalho, mas estão sobre pressão. Os salários são baixos e precisam de melhores condições de trabalho e apoio da família no acompanhamento da aprendizagem dos alunos. Sozinhos o trabalho avança de forma lenta. A comunidade que ocupa o espaço da escola para seus eventos podia também tomar conhecimento do que acontece no dia a dia das aulas e ajudar os seus profissionais a encontrar soluções para os seus problemas. Sozinha e isolada a escola pode muito pouco.
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